17 de out. de 2012

Próxima parada: Vida!

Não saber para onde ir, para onde olhar, o que fazer e o que falar. Há esses momentos... Sem pé nem cabeça; momentos insólitos dos quais não se vê aquele ponto para se agarrar. E esse não saber nos deixa como crianças sentidas de um castigo.

Não é nada fácil aceitar que não se sabe. É mais fácil ir pelo lado da arrogância e da pretensão, como se soubéssemos o caminho de cor e salteado.  E nessa hora a vida vem e diz: _Ei você! Que acha que sabe o que está fazendo; é você mesmo! Daí paramos, desconfiados, na tentativa de dar aquela saidinha  friamente calculada à francesa, pela porta dos fundos, como se ninguém estivesse vendo.

Viver por instinto é aceitar os involuntários da vida; o que na prática é outra história. Não é a história de quem sabe, tampouco de quem pensa que sabe.  Viver por instinto é essa força estranha aqui dentro; por vezes clara como a luz do dia, outras escura como a  própria sombra. Há momentos que essa força diz ser melhor que não saibamos mesmo para onde ir, para onde olhar, o que fazer e o que falar. Pois é nessa hora, quando ficamos parados no meio do caminho; é nessa hora que ela nos convida a seguir o instinto involuntário do coração. Sem cálculos frios e saídas pretenciosas, mas sim olhar a vida nos olhos. 

Um comentário:

Adriano Sargaço disse...

há algo além do instinto.
a intuição por si só não é suficiente.
há algo morando no vazio.
há algo pairando acima do ego.
Há uma serenidade que entende o instinto, o ego e a razão.

O esforço constante será recompensado.