25 de mai. de 2011

A força interior



O caminho de conexão com a força interior é estreito, muitas vezes desértico, permeado de desafios. No entanto, a jornada é de luz, mesmo à sombra subsistindo. O cotidiano oferece apreciação e glória, mas é através dos desafios que resgatamos fragmentos, importantes, do nosso Eu. Esse resgate, por conseguinte, proporciona não só crescimento como também um nível mais profundo de intimidade e confiança em si mesmo, na vida, em Deus. O universo é regido pela sombra e pela luz, uma não pode existir sem a outra, portanto, ignorar a sombra é o mesmo que virar as costas para uma parte importante de si mesmo. 

A força interior só pode ser acessada, como o nome já diz, interiormente. É preciso disposição, e é somente nas situações de ousadia que recebemos mais uma dose dessa força que nos impulsiona, para frente, para uma vida de plenitude. É muito mais cômodo viver na mesmice quando se tem medo de encarar o que se deve ser aceito e transformado, essencialmente, quando se quer realizar um sonho. Muito se fala sobre o sonhar, sobre a experiência extasiante de um sonho realizado. No entanto, se tratando das atitudes a serem tomadas para se alcançar um sonho, a mente logo se arma em pensamentos de dificuldade e comodismo, provenientes de camadas e camadas cristalizadas de crenças limitantes. 

É importante termos tempo para nos entregarmos à vida por completo, sair da zona de conforto, caminharmos em direção aos sonhos. E assim, ter o nosso diamante iterno lapidado, exercer a fé em algo maior do que aquilo que experienciamos no cotidiano. É nesses momentos de puro encontro com o poder do desconhecido da vida, no exercício da coragem, que realmente expandimos a nossa consciência sobre nós mesmos; dá-se um passo adiante na jornada de volta para casa, em direção ao grande Eu Sou. A jornada é de luz, mas é na sombra do desconhecido que os tesouros estão escondidos.

Um comentário:

Adriano Sargaço disse...

Não existe sombra sem luz,
Nem existe luz sem a ausência.
Sem tuas sombras eu não te perceberia.
Nem tu a mim.
Deixar-se perceber à natureza desse mundo é parte da aceitação de nós mesmos e do outro
como parte do Todo.
Somos tudo...
e nada é pra ser desprezado, independente de sua natureza.