8 de jan. de 2011

Barco e marinheiro



















Vida é barco e marinheiro saindo a navegar,
desancora de um porto, de uma terra para um mar.
Vai saindo de mansinho da beira, e logo põe-se a flutuar.
As águas são as estradas que ao barco desafia se encalhar.
O Céu, psique celeste, guia d'marinheiro;
as estrelas bússolas no pensamento certeiro.
A Lua, luz d'esperança, consolo na escuridão,
ao findar das tempestades o Sol firma embarcação.
Marinheiro vive a imaginação.
Misturando-se aos elementos da Natureza,
fala a linguagem do coração.
Entregue aos ventos, na diligência do barco ele um dia chega;
ao desconhecido, em quem confiou a vida.
E então voltar à mar, e nova-mente navegar.
Pois, é certo que em terra rija não tem barco
e nem marinheiro que a si faça deslizar.
Âncora sem apego é barco e marinheiro.
Apreciar tantos luares, ver nascer o Sol em plenos ares
leva tudo dentro de si, viajante dos mares.
Vida é barco e marinheiro que saiu a navegar.

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